Com o quinto disco lançado na Primavera, ‘Huuro Kolkko’, um álbum conceptual baseado nos diários de um viajante finlandês do início do século XX, os Alamaailman Vasarat chegam ao ‘FMM 2009’ mais frescos e estimulantes que nunca.
Nascidos em 1997 a partir do núcleo de um grupo de rock progressivo, os ‘Martelos do Submundo’ (é essa a tradução literal do seu nome) são um projecto radicalmente acústico, mas nada bem comportado.
O saxofonista, Jarno Sarkula, classifica o sexteto instrumental como “uma combinação de world music ficcional com elementos de heavy metal, jazz e klezmer”.
De um lado, há violoncelos que soam como guitarras distorcidas e baterias brutais que lembram hardcore; do outro lado, há sopros tocando elegantemente uma valsa ou uma polka e um órgão desenhando no ar doces linhas meditativas.
Feito com ferramentas antigas – velhos metais e instrumentos de cordas – Alamaailman Vasarat apresenta em Sines um espectáculo poderoso.
LEE ‘SCRATCH’ PERRY
Incluído na lista dos 100 maiores artistas de sempre publicada na revista ‘Rolling Stone’ em 2004, o contributo de Lee ‘Scratch’ Perry para o desenvolvimento do reggae não tem comparação com qualquer outra figura viva.
Produtor de Bob Marley, Max Romeo e The Clash, é considerado um dos primeiros produtores-artistas.
Determinante no nascimento do ritmo lento que conferiu autonomia estilística ao reggae, diferenciando-o do ska, as suas experiências na mesa de mistura ajudaram também a formar outra criação de génio, o dub.
Na sua discografia, merecem destaque os álbuns históricos dos anos 70, como ‘Super Ape’ (1976), ‘Roast Fish, Collie Weed, and Cornbread’ (1978) e a compilação ‘Arkology’ (1997), que o revelou a uma nova geração.
‘Jamaican E.T.’, vencedor do Grammy para melhor álbum de reggae em 2003, e ‘Repentance’, nomeado em 2009, são os seus dois grandes triunfos na última década e a prova de que, mesmo com 73 anos, a sua vitalidade criativa permanece intocada.
SPEED CARAVAN
“Speed Caravan é uma mescla maravilhosa de influências tradicionais argelinas, batidas electrónicas e a energia crua do rock. É um dos híbridos mais excitantes que ouvi desde há muito tempo”, disse Peter Gabriel, figura patriarcal da world music, na revista ‘Songlines’.
No núcleo vital deste som está Mehdi Haddab, músico de origem argelina que retirou o alaúde do reduto da música árabe tradicional e a transformou numa máquina electrificada e amplificada ao serviço do rock.
Com Pascal Teillet no baixo e Hermine Frank nas percussões electrónicas, lançou em 2008 o disco de estreia do trio, ‘Kalashnik Love’, uma inter-zona sonora.
Música de corpo para mentes abertas, nova, feroz, vital, é a proposta no encerramento do ‘FMM Sines 2009’.
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ALAMAAILMAN VASARAT
Com o quinto disco lançado na Primavera, ‘Huuro Kolkko’, um álbum conceptual baseado nos diários de um viajante finlandês do início do século XX, os Alamaailman Vasarat chegam ao ‘FMM 2009’ mais frescos e estimulantes que nunca.
Nascidos em 1997 a partir do núcleo de um grupo de rock progressivo, os ‘Martelos do Submundo’ (é essa a tradução literal do seu nome) são um projecto radicalmente acústico, mas nada bem comportado.
O saxofonista, Jarno Sarkula, classifica o sexteto instrumental como “uma combinação de world music ficcional com elementos de heavy metal, jazz e klezmer”.
De um lado, há violoncelos que soam como guitarras distorcidas e baterias brutais que lembram hardcore; do outro lado, há sopros tocando elegantemente uma valsa ou uma polka e um órgão desenhando no ar doces linhas meditativas.
Feito com ferramentas antigas – velhos metais e instrumentos de cordas – Alamaailman Vasarat apresenta em Sines um espectáculo poderoso.
LEE ‘SCRATCH’ PERRY
Incluído na lista dos 100 maiores artistas de sempre publicada na revista ‘Rolling Stone’ em 2004, o contributo de Lee ‘Scratch’ Perry para o desenvolvimento do reggae não tem comparação com qualquer outra figura viva.
Produtor de Bob Marley, Max Romeo e The Clash, é considerado um dos primeiros produtores-artistas.
Determinante no nascimento do ritmo lento que conferiu autonomia estilística ao reggae, diferenciando-o do ska, as suas experiências na mesa de mistura ajudaram também a formar outra criação de génio, o dub.
Na sua discografia, merecem destaque os álbuns históricos dos anos 70, como ‘Super Ape’ (1976), ‘Roast Fish, Collie Weed, and Cornbread’ (1978) e a compilação ‘Arkology’ (1997), que o revelou a uma nova geração.
‘Jamaican E.T.’, vencedor do Grammy para melhor álbum de reggae em 2003, e ‘Repentance’, nomeado em 2009, são os seus dois grandes triunfos na última década e a prova de que, mesmo com 73 anos, a sua vitalidade criativa permanece intocada.
SPEED CARAVAN
“Speed Caravan é uma mescla maravilhosa de influências tradicionais argelinas, batidas electrónicas e a energia crua do rock. É um dos híbridos mais excitantes que ouvi desde há muito tempo”, disse Peter Gabriel, figura patriarcal da world music, na revista ‘Songlines’.
No núcleo vital deste som está Mehdi Haddab, músico de origem argelina que retirou o alaúde do reduto da música árabe tradicional e a transformou numa máquina electrificada e amplificada ao serviço do rock.
Com Pascal Teillet no baixo e Hermine Frank nas percussões electrónicas, lançou em 2008 o disco de estreia do trio, ‘Kalashnik Love’, uma inter-zona sonora.
Música de corpo para mentes abertas, nova, feroz, vital, é a proposta no encerramento do ‘FMM Sines 2009’.
CR
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