GREEN RAY * DFA 10
10º Aniversário da DFA Records
Sexta, 04 de Novembro no Lux
Para celebrar os dez anos da editora norte-americana DFA Records, a Europa acolhe três festas em Barcelona, Paris e Lisboa. O club Lux recebe em Santa Apolónia a comemoração do décimo aniversário da editora norte-americana DFA Records em mais uma noite ‘Green Ray’. O line-up é de luxo com James Murphy mais amigos e convidados. Com o fim dos LCD Soundsystem, James Murphy volta a concentrar-se na editora que fundou em Nova Iorque. Especializada em electro/dance punk/electronic a DFA Records é a label de artistas como LCD Soundsystem, Hercules and Love Affair, Shit Robot, The Juan Maclean, Hot Chip, Prinzhorn Dance School, The Rapture, Black Dice, Delia Gonzalez & Gavin Russom, Holy Ghost!, Yacht, The Rapture e Still Going. Uma das mais influentes editoras de música de dança na primeira década do novo milénio continua a lançar música relevante e afirma-se ‘too old to be new, too new to be classic’.
Bilhetes à venda na loja de discos Flur, a partir de 19 de Outubro, por 15 euros.
PROGRAMA
Bar
01h00 - Nancy Whang
02h30 - Pat Mahoney
04h30 - Alexis (Hot Chip)
Disco
01h30 - Juan Mclean
03h30 - Shit Robot (live)
04h30 - James Murphy
1 comentário:
10 anos da DFA no Lux
SOM DE OURO
Davide Pinheiro (Disco Digital)
O aniversário da DFA no Lux foi mais do que uma noite de apanha de pérolas; celebrou-se um tempo e sintetizou-se um período. Com os Shit Robot, espreitámos o futuro.
A noite de celebração do décimo aniversário da editora foi mais evocativa que propriamente uma sugestão de pistas para o futuro. Simbolicamente, aquele que acabou por ser um dos maiores embaixadores da novidade no século XXI distanciou-se dessa obrigação forçada de se manter atento e preferiu homenagear aqueles que são, assumidamente, os seus ícones de sempre.
No extremo posto, a haver um nome que possa ter suscitado maior surpresa, ele foi o dos Shit Robot, não só pelo cenário de palco, como por uma selecção de acid house com bilhete para a estação da memória. James Murphy e Alexis Taylor observavam com entusiasmo o set do colega de editora enquanto trocavam palavras com quem os reconhecia perto do bar. E não foram poucos.
O entusiasmo vigorante manteve-se com Juan Maclean. A haver um DJ virtuoso na família DFA Records é ele e não surpreende a incursão em terreno house que tão boa impressão causou.
Musicalmente, há muito que não se (ou)via uma noite tão preenchida no Lux mas havia alguma suspeita quanto ao que poderia valer James Murphy como DJ e a verdade é que Alexis Taylor acabou por ser um indutor de suor mais eficaz do que o seu patrão.
James Murphy não é um tecnicista nem é essa a sua escola. Não o preocupam as passagens mas apenas a fruição da música. Ainda assim, esteve parte da noite acompanhado por Juan Maclean num duelo saudável mas mais propício às primeiras horas da noite que ao prime time de uma discoteca.
Valeu a pena andar escada cima, escada baixo, com a missão de celebrar um som que tanto prazer nos deu nos últimos anos.
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