A NEW – AND ALTOGETHER DIFFERENT – SCREEN EXCITEMENT!!!
A secretária Marion dá um desfalque na imobiliária onde trabalha e põe-se em fuga, conduzindo sem destino pelas estradas.
Cansada, vai parar ao ‘Motel Bates’, um lugar decadente, onde é recebida por um simpático mas estranho rapaz, Norman Bates, um tímido, dominado pela mãe.
“Talvez seja o nu feminino mais célebre da história do cinema. Não por óbvio erotismo, mas porque nunca uma mulher nua a tomar um duche meteu tanto medo a tanta gente. O brutal e inesperado assassinato? Sem dúvida. Mas fossem a brutalidade e a imprevisibilidade as mesmas, se Marion estivesse vestida, o horror seria muito menor.
Sabe-se que Janet Leigh foi substituída por uma 'dupla' nesse chuveiro imortal. Mas já não é corpo dela que conta: é a carne retalhada e é o ralo escuro por onde se some o sangue da mulher que, por ser mulher e por estar nua, tem que expiar dessa maneira o facto de ser objecto de desejo e objecto de tentação.
Setenta posições de câmara em quarenta e cinco segundos de cinema. Nunca nenhum nu foi mais elíptico, nunca nenhum nu foi mais evidente.”
1 comentário:
A NEW – AND ALTOGETHER DIFFERENT – SCREEN EXCITEMENT!!!
A secretária Marion dá um desfalque na imobiliária onde trabalha e põe-se em fuga, conduzindo sem destino pelas estradas.
Cansada, vai parar ao ‘Motel Bates’, um lugar decadente, onde é recebida por um simpático mas estranho rapaz, Norman Bates, um tímido, dominado pela mãe.
“Talvez seja o nu feminino mais célebre da história do cinema. Não por óbvio erotismo, mas porque nunca uma mulher nua a tomar um duche meteu tanto medo a tanta gente. O brutal e inesperado assassinato? Sem dúvida. Mas fossem a brutalidade e a imprevisibilidade as mesmas, se Marion estivesse vestida, o horror seria muito menor.
Sabe-se que Janet Leigh foi substituída por uma 'dupla' nesse chuveiro imortal. Mas já não é corpo dela que conta: é a carne retalhada e é o ralo escuro por onde se some o sangue da mulher que, por ser mulher e por estar nua, tem que expiar dessa maneira o facto de ser objecto de desejo e objecto de tentação.
Setenta posições de câmara em quarenta e cinco segundos de cinema. Nunca nenhum nu foi mais elíptico, nunca nenhum nu foi mais evidente.”
Cinemateca Portuguesa
CR
Enviar um comentário